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10 emergências obstétricas mais críticas que podem surgir durante a gravidez, parto e puerpério

admin_Dicas_Saude-AZ 27 de abril de 2025Última Atualização 27 de abril de 2025

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10 emergências obstétricas mais críticas que podem surgir durante a gravidez, parto e puerpério

Este advertorial do Portal Saúde AZ apresenta as 10 emergências obstétricas mais críticas que podem surgir durante a gravidez, parto e puerpério, detalhando protocolos internacionais de manejo, desafios clínicos e lições práticas para equipes de saúde.

Abordamos desde a hemorragia pós-parto até a cesariana perimortem em parada cardiorrespiratória materna, com base em diretrizes da OMS, ACOG, AHA e outras sociedades científicas de renome.

Cada seção inclui recomendações de conduta, tempo-alvo para intervenções e evidências que sustentam as práticas. World Health Organization (WHO)cpr.heart.org

Objetivo

Orientar médicos e equipes de obstetrícia sobre o reconhecimento precoce, abordagem imediata e prevenção de desfechos adversos nas situações mais extremas, promovendo segurança da mãe e do feto.

1. Hemorragia Pós-Parto (PPH)

Perda sanguínea ≥ 1 000 mL em 24 h após o parto pode levar a choque hipovolêmico e coagulopatia. O protocolo OMS recomenda ocitocina profilática, uterotônicos adicionais (carboprost, misoprostol), transfusão maciça e tamponamento intrauterino (uterine balloon tamponade) se o sangramento não ceder em minutos World Health Organization (WHO)Wikipedia.

2. Pré-eclâmpsia Grave e Eclâmpsia

Hipertensão emergencial (PA ≥ 160×110 mmHg) com envolvimento de órgãos-alvo exige sulfato de magnésio para prevenção de convulsões e terapia anti-hipertensiva (labetalol, hidralazina), com decisão precoce sobre término da gestação para reduzir mortalidade materna e fetal World Health Organization (WHO)Aplicativos OMS.

3. Síndrome HELLP

Complicação de pré-eclâmpsia grave, caracteriza-se por hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetas < 100 000/mm³. A conduta inclui estabilização hemodinâmica, sulfato de magnésio, transfusão de plaquetas e geralmente terminação da gestação em hospital com UTI materno-neonatal.

4. Embolia de Líquido Amniótico

Evento súbito com colapso cardiorrespiratório e CID, mortalidade acima de 60 %. Manejo inclui suporte avançado de vida, correção de coagulopatia e administração de vasopressores, idealmente sob protocolo da Society for Maternal-Fetal Medicine.

5. Distócia de Ombro

Impossibilidade de delivery dos ombros após saída da cabeça em fetos macrosômicos. Primeiras manobras: McRoberts e pressão suprapúbica; se falhar, rotacionais (Rubin, Woods), retirada do braço posterior e, em último caso, extras como manobra de Zavanelli,

6. Prolapso de Cordão Umbilical

Corda à frente da apresentação fetal gera hipoxemia aguda. Reconhecimento imediato por alteração do ritmo fetal; manejo inicial: elevação manual da apresentação, posição genu-torácica, preenchimento vesical e cesárea de urgência em minutos.

7. Ruptura Uterina

Rompimento espontâneo ou em cicatriz uterina prévia causa hemoperitônio e sofrimento fetal. Sintomas podem incluir “rasgo” abdominal, hemorragia oculta e bradicardia fetal. Exige laparotomia e cesárea emergencial, com estabilização e transfusão rápida.

8. Sepse Materna

Infecção sistêmica com disfunção orgânica em gestantes ou puérperas tem mortalidade elevada. Protocolo RCOG/AAP recomenda reconhecimento precoce por triagem de sinais vitais anormais, culturas antes de AMBU, ATB de amplo espectro em < 1 h e controle de foco.

9. Inversão Uterina

Colapso do fundo uterino dentro da cavidade, geralmente associado a tração excessiva de cordão. Diagnóstico clínico imediato seguido de reposicionamento manual com relaxamento uterino (inalação de halogenados ou tocolíticos) e reposição seguida de uterotônicos.

10. Parada Cardiorrespiratória Materna e Cesárea Perimortem

Em gestantes ≥ 20 semanas, se não houver RCE em 4 min de RCP, realizar perimortem cesarean delivery (PMCD) para aliviar aortocaval e melhorar retorno venoso. Meta de incisão-bebê em ≤ 5 min segundo AHA.

Exemplos na Prática

Simulações trimestrais de PPH com feedback em tempo real de fluxo sanguíneo.
Drill de PMCD com equipe multidisciplinar em sala de urgência.
Treinamento anual de protocolos de sepse obstétrica com auditoria de tempos de ATB.

O que já mudou

– Bundle E-MOTIVE reduziu PPH severa em 60 % (WHO, 2023) World Health Organization (WHO)
– Atualização do protocolo de PMCD pela AHA em 2020, reforçando a janela de 5 min Avive

O que pode ser melhorado

– Implementar checklists de emergência acessíveis em cada sala de parto.
– Apoio psicológico pós-evento para equipes (programas de “debriefing”).
– Revisão contínua de indicadores de performance (tempo porta-incisão, ATB em sepse).

Reflexões sobre o Tema

Visualize-se coordenando uma resposta a um prolapso de cordão ou conduzindo uma PMCD em tempo hábil. A preparação e o treinamento regular são tão cruciais quanto o conhecimento técnico.

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