Você Sabe Reconhecer Estes 5 Tipos de Dengue? Veja os Sinais e Salve Vidas

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Você Sabe Reconhecer Estes 5 Tipos de Dengue? Veja os Sinais e Salve Vidas
A dengue apresenta espectro clínico que vai desde infecções assintomáticas até formas graves com choque, hemorragias e envolvimento orgânico severo.
A infecção primária geralmente cursa como febre clássica, enquanto a secundária — por um sorotipo diferente — está associada a maior risco de complicações graves, incluindo síndrome de choque e dengue hemorrágica NCBICDC.
O reconhecimento precoce de sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, letargia) e a adequada estratificação de risco reduzem significativamente a mortalidade CDC Organização Pan-Americana da Saúde.
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A seguir, cinco casos clínicos ilustram diferentes apresentações: não complicada, grave com choque, gestante, assintomática e forma hemorrágica secundária.
Caso 1: Dengue não complicada em viajante
Dados demográficos e história: Mulher, 30 anos, retornou de viagem a região endêmica do Sudeste Asiático há 7 dias, sem quimioprofilaxia disponível. CDC
Quadro clínico: Febre alta (38,5 °C), cefaleia retro-orbitária, mialgias e dor lombar, acompanhada de rash maculopapular ao 3º dia de doença. CDC CDC
Exame físico: Sinais vitais estáveis, pequenas petéquias no tronco, sem sinais de hemorragia grave ou hipotensão. CDC
Laboratório e diagnóstico: Leucopenia moderada (3 500 células/µL), plaquetas em 120 000/µL, hematócrito normal; sorologia IgM positiva para DENV no 5º dia; NS1 positivo no 3º dia. CDC
Tratamento: Manejo ambulatorial com hidratação oral orientada, dipirona para febre e orientação de repouso domiciliar, sem necessidade de hospitalização. Organização Pan-Americana da Saúde
Desfecho: Recuperação completa em 7 dias, sem sinais de evolução para formas graves.
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Caso 2: Dengue grave com síndrome de choque
Dados demográficos e história: Homem, 45 anos, residente em área endêmica, com histórico de dengue há 8 anos. Apresentou nova infecção por sorotipo diferente. NCBI
Quadro clínico: Febre alta persistente, vômitos repetidos, dor abdominal intensa, prostração e oligúria nas últimas 12 horas. Organização Pan-Americana da Saúde
Exame físico: Taquicardia (115 bpm), pressão arterial 85/60 mmHg, extremidades frias e preenchimento capilar lento, fígado palpável 3 cm abaixo do rebordo costal. CDC
Laboratório e diagnóstico: Hematócrito elevado (48%), plaquetas baixas (65 000/µL), albumina sérica reduzida, eletrólitos com desequilíbrio; PCR para DENV-2 positiva e IgG elevada indicando infecção secundária. Medscape
Tratamento: Internação em UTI, reposição volêmica venosa cuidadosa com cristaloides, monitoramento intensivo de sinais vitais e diurese; transfusão de plaquetas após sangramento gengival significativo. Organização Pan-Americana da Saúde
Desfecho: Estabilização hemodinâmica em 48 h, alta da UTI no 4º dia e recuperação completa sem sequelas.
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Caso 3: Dengue em gestante
Dados demográficos e história: Mulher, 28 anos, gestação de 32 semanas, procedente de zona urbana endêmica. World Health Organization (WHO)
Quadro clínico: Febre 38 °C, cefaleia, mialgias e vômitos; faltou uso de protetor individual. CDC
Exame físico: PA 110/70 mmHg, discreta petéquia no braço, ausência de sinais de choque. CDC
Laboratório e diagnóstico: Hematócrito normal, plaquetas 95 000/µL, elevação leve de transaminases; sorologia IgM positiva para DENV no 6º dia. CDC
Tratamento: Internação para hidratação endovenosa controlada, monitoramento fetal diário e analgésicos seguros em gestação; prevenção de hemorragias no parto. PMC
Desfecho: Evolução sem sinais de alarme, parto a termo sem complicações neonatais; recém-nascido avaliado em UTI neonatal, sem transmissão vertical.
Caso 4: Infecção assintomática em residente endêmico
Dados demográficos e história: Homem, 50 anos, residente em área urbana com alta transmissão, sem queixas. CDC
Quadro clínico: Assintomático; descoberta em rastreamento sorológico comunitário. CDC
Exame físico: Sem alterações. CDC
Laboratório e diagnóstico: NS1 negativo, IgG alta para DENV II e IV; IgM fraca, sugerindo infecção passada ou subclínica recente. CDC
Tratamento: Orientação sobre sinais de alerta e reforço de medidas de controle vetorial; sem necessidade de terapia específica. Organização Pan-Americana da Saúde
Desfecho: Mantém-se assintomático e soropositivo em monitoramento de 3 meses.
Caso 5: Dengue hemorrágica secundária em idoso
Dados demográficos e história: Mulher, 68 anos, infecção primária por DENV há 10 anos, agora infectada por sorotipo distinto. NCBI
Quadro clínico: Febre, prostração, dor abdominal, episódios de hematêmese e melena. Medscape
Exame físico: PA 90/50 mmHg, taquicardia, sangramento gengival, hepatomegalia discreta. Organização Pan-Americana da Saúde
Laboratório e diagnóstico: Hematócrito 50% (elevação >20% do basal), plaquetas 40 000/µL, coagulograma alterado (TP prolongado), sorologia IgM positiva. Organização Pan-Americana da Saúde
Tratamento: Internação em UTI, reposição volumétrica cuidadosa, hemoderivados para correção de coagulopatia, suporte hemodinâmico com vasopressores e controle de sangramentos. Organização Pan-Americana da Saúde
Desfecho: Melhora lenta, alta hospitalar no 10º dia com recuperação completa, acompanhamento ambulatorial.
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Esses casos demonstram a amplitude da dengue: desde formas leves e assintomáticas até gravíssimas, especialmente em infecções secundárias e populações vulneráveis (gestantes, idosos). O manejo adequado baseia-se na estratificação de risco segundo as diretrizes da OMS e CDC, suporte clínico rigoroso e prevenção de choque e hemorragias para reduzir mortalidade.
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