Síndrome de Rendu-Osler-Weber: O que é, causas, sintomas e tratamento

Indice
- Síndrome de Rendu-Osler-Weber: O que é, causas, sintomas e tratamento
- O que é Síndrome de Rendu-Osler-Weber?
- Origem da doença
- Órgãos e especialidades relacionadas
- Fisiopatologia da doença
- Epidemiologia
- Sintomas comuns
- Fatores de risco
- Tratamentos disponíveis
- Exames realizados
- Prevenção
- Complicações possíveis
- Prognóstico
- Estatísticas e dados
- Dicas para familiares
- FAQ – Perguntas Frequentes
- Tabela Comparativa
- 3 Exemplos de Casos
- Bibliografia
- Avisos Legais
- Palavras-chave para suas próximas buscas na internet:
Síndrome de Rendu-Osler-Weber: O que é, causas, sintomas e tratamento
Este artigo foi desenvolvido com rigor técnico e embasamento científico pelo Portal Saúde AZ, para esclarecer aspectos essenciais da Síndrome de Rendu-Osler-Weber (também conhecida como Telangiectasia Hereditária Hemorrágica).
Ao longo do texto, você encontrará definição, histórico, fisiopatologia, epidemiologia, quadro clínico, fatores de risco, opções terapêuticas, exames diagnósticos, prevenção, complicações, prognóstico e dicas para familiares, além de exemplos de casos e uma FAQ.
O que é Síndrome de Rendu-Osler-Weber?
Definição técnica
A Síndrome de Rendu-Osler-Weber é uma doença genética autossômica dominante caracterizada pela formação de malformações arteriovenosas e telangiectasias em diversos órgãos, levando a episódios recorrentes de hemorragias e a sobrecarga hemodinâmica nos sistemas afetados.
Origem da doença
Descobridores / Histórico
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1896: Henri Rendu descreveu telangiectasias mucocutâneas com sangramentos nasais.
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1901: Parkes Weber relatou casos semelhantes associados a malformações vasculares.
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1907: Frederick Parkes Weber consolidou as observações, e William Osler detalhou a hereditariedade e sintomas em 1901, popularizando o e-ponônimo.
Órgãos e especialidades relacionadas
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Órgãos afetados: pele, mucosas nasais, trato gastrointestinal, pulmões, fígado e sistema nervoso.
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Especialidades médicas: Hematologia, Otorrinolaringologia, Gastroenterologia, Pneumologia, Radiologia Intervencionista.
Exames Essenciais a partir dos 50 Anos
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Fisiopatologia da doença
A mutação em genes como ENG e ACVRL1 provoca desequilíbrio na sinalização do TGF-β, essencial para a formação e manutenção da arquitetura vascular. Isso resulta em fragilidade capilar e comunicação direta entre artérias e veias (fístulas), sem leito capilar, predispondo ao sangramento e sobrecarga circulatória.
O que são Doenças Neurológicas?
Epidemiologia
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Prevalência: estimada em 1-2 casos por 10.000 habitantes.
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Distribuição: global, sem predomínio étnico ou de sexo.
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Diagnóstico tardio: comum, devido à variabilidade clínica e tendência a subdiagnosticar formas leves.
Sintomas comuns
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Epistaxes (sangramentos nasais) recorrentes desde a infância ou adolescência
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Telangiectasias cutâneas (lábios, língua, face)
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Sangramento gastrointestinal (úlceras e telangiectasias intestinais)
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Fístulas arteriovenosas pulmonares (dispneia, hipóxia)
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Fístulas hepáticas (insuficiência cardíaca de alto débito)
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Cefaleias e crises neurológicas por malformações cerebrais
Fatores de risco
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História familiar positiva para HHT
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Idade avançada (acúmulo de lesões vasculares)
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Hipertensão (agravamento de epistaxes)
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Uso de anticoagulantes ou anti-agregantes
Tratamentos disponíveis
INTERVENÇÃO | INDICAÇÃO | PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS |
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Laserterapia de mucosa nasal | Episódios graves de epistaxe | Dor local, crostas nasais |
Embolização de fístulas pulmonares | Fístulas com repercussão hemodinâmica | Infarto pulmonar, dor torácica |
Bevacizumabe (anticorpo anti-VEGF) | Sangramentos gastrointestinal e epistaxe | Hipertensão, proteinúria |
Estrogenoterapia ou tamoxifeno | Controle de epistaxes recorrentes | Trombose, alterações hormonais |
Suplementação de ferro e transfusão | Anemia por perda crônica de sangue | Reações transfusionais |
Exames realizados
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Telangioscopia nasal
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Endoscopia digestiva alta e colonoscopia
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Tomografia de tórax com contraste (fístulas pulmonares)
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Ultrassom Doppler abdominal (fístulas hepáticas)
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Ressonância magnética cerebral
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Teste genético para mutações ENG e ACVRL1
Prevenção
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Aconselhamento genético em famílias afetadas
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Monitoramento anual por equipe multidisciplinar
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Profilaxia antibiótica antes de procedimentos odontológicos (para evitar abscessos cerebrais)
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Evitar uso desnecessário de anticoagulantes sem acompanhamento rigoroso
Complicações possíveis
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Anemia crônica
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Insuficiência cardíaca de alto débito
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Abscessos cerebrais por septicemia paradoxal
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Tromboembolismo pulmonar
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Hipertensão portal e suas consequências
Prognóstico
A evolução é variável: pacientes com manejo adequado e tratamento das malformações apresentam qualidade de vida razoável, enquanto formas com fístulas múltiplas e sangramentos frequentes podem ter morbimortalidade elevada.
Estatísticas e dados
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Até 90% dos pacientes apresentam epistaxes até os 20 anos de idade.
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15–50% desenvolvem fístulas arteriovenosas pulmonares.
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Cerca de 8–10% dos portadores têm abscessos cerebrais ao longo da vida.
Dicas para familiares
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Registre frequência e intensidade dos sangramentos nasais.
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Mantenha controle do nível de hemoglobina e ferro no sangue.
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Agende consultas regulares com otorrinolaringologista e hematologista.
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Garanta que o paciente use protetores nasais e mantenha mucosas hidratadas.
FAQ – Perguntas Frequentes
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Quando suspeitar de HHT?
Sangramentos nasais recorrentes desde a infância, associando-se a histórico familiar. -
A doença é hereditária?
Sim, segue padrão autossômico dominante: cada filho de portador tem 50% de chance. -
Há cura?
Não há cura genética; o tratamento foca no controle dos sintomas e das malformações. -
Como confirmar o diagnóstico?
Critérios de Curaçao e confirmação por teste genético quando disponível. -
Quais especialistas devo consultar?
Hematologia, Otorrinolaringologia, Gastroenterologia, Pneumologia e Radiologia Intervencionista.
Tabela Comparativa
ASPECTO | HHT (Rendu-Osler-Weber) | Fístulas Adquiridas |
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Tipo de malformação | Genética (autossômica dom.) | Secundária a trauma ou tumor |
Manifestações clínicas | Epistaxes, telangiectasias | Sintomas variados conforme sítio |
Diagnóstico | Critérios de Curaçao + genética | Imagem e história clínica |
Tratamento | Laser, embolização, bevacizumabe | Cirurgia, intervenção local |
3 Exemplos de Casos
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Caso 1: Mulher, 35 anos, múltiplas epistaxes desde a adolescência, telangiectasias labiais e fístula pulmonar embolizada com sucesso.
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Caso 2: Homem, 50 anos, anemia crônica, telangiectasias gástricas identificadas em endoscopia e tratado com bevacizumabe; hemoglobina estabilizada.
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Caso 3: Adolescente, 16 anos, histórico familiar positivo, testagem genética confirmou mutação em ENG; iniciou acompanhamento preventivo e profilaxia dentária.
Bibliografia
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Faughnan ME et al. “Second International Guidelines for the Diagnosis and Management of Hereditary Hemorrhagic Telangiectasia.” Ann Intern Med.
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Guttmacher AE, Marchuk DA, White RI Jr. “Hereditary hemorrhagic telangiectasia.” N Engl J Med.
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Ministério da Saúde – Diretrizes de Doenças Raras.
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Portal Saúde AZ – Conteúdos sobre doenças vasculares.
Avisos Legais
O conteúdo fornecido neste artigo não substitui o aconselhamento médico profissional. Caso você apresente sintomas compatíveis com a Síndrome de Rendu-Osler-Weber ou qualquer outra condição, consulte um médico ou especialista qualificado para avaliação e orientação personalizada.
Palavras-chave para suas próximas buscas na internet:
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