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2⃣0⃣ ANESTÉSICOS LOCAIS EM ANIMAIS | Anestesia é o Básico #20



Olá tripulantes do NAVE! Nessa videoaula da webserie Anestesia é o Básico vamos conversar sobre a Farmacologia dos principais Anestésicos Locais utilizados em animais, que compõe uma das modalidades anestésicas mais seguras que temos, a Anestesia Locorregional.

O uso dos anestésicos locais começou no final do século XIX, quando a cocaína foi utilizada em cirurgias oftálmicas. Porém, devido seus efeitos indesejáveis, principalmente psicotrópicos e cardiovasculares, o uso da cocaína foi descontinuado. Depois disso vários anestésicos locais foram sintetizados, mas a qualidade da anestesia local só mudou após a síntese da lidocaína, em 1948. Ela foi o primeiro anestésico local derivado de amida e essa característica deu maior estabilidade à molécula e a não produção do ácido para-aminobenzoico (PABA), sendo então menos alergênica.

**Mecanismo de Ação**
Os anestésicos locais são substâncias que bloqueiam a condução nervosa de forma reversível, por bloqueio dos canais de sódio nas fibras aferentes. Para que isso ocorra, a forma molecular do anestésico local passa a camada fosfolipídica e chega à porção interna da célula. Após isso, uma parte das formas neutras ganham um elétron, passando à forma protonada. Essa forma tem a capacidade de bloquear o canal iônico, impedindo a repolarização celular.

**Sequência de bloqueio**
A velocidade de bloqueio é dependente da anatomia da fibra. As primeiras fibras a serem bloqueadas são as C (finas e não mielinizadas) e Adelta (finas e mielinizadas). Depois, há o bloqueio das fibras Abeta e Aalfa, que são mais grossas e mielinizadas. Assim, a ordem crescente de bloqueio é sequenciada, ocorrendo a perda da sensação de dor, calor, tato, pressão profunda e por fim, a motora. A volta da sensibilidade segue a sequência inversa.

**Principais anestésicos**
– Lidocaína: Ainda é o anestésico mais utilizado na veterinária, principalmente por conta da sua versatilidade. Ela é utilizada não só para bloqueios locorregionais, mas também como antiarrítmico e analgésico, nesse caso, administrado por infusão intravenosa contínua.

– Bupivacaína: É um anestésico local de longa duração, promovendo anestesia por mais de 6 horas. Porém, também tem período de latência prolongado, por volta de 20 minutos, e toxicidade maior que a lidocaína. Uma característica interessante da bupivacaína é que ela promove bloqueio total das fibras sensitivas, C e Adelta, mas não das fibras Abeta. Então, o paciente mantem certa autonomia motora, o que pode ser interessante em alguns casos.

– Ropivacaína: Tem praticamente as mesmas características da bupivacaína, em período de latência, de ação e características de bloqueio. Porém, é um pouco mais segura em relação aos efeitos tóxicos.

O volume administrado, lipossolubilidade, concentração e o uso de vasoconstrictor são as principais variáveis que alteram a efetividade do bloqueio. Nesse caso merecem destaque a concentração, que quanto maior, maior prolongada será a anestesia, e o uso do vasoconstritor, que aumenta em aproximadamente 50% o período de ação. Destaca-se porém que o uso de anestésico local com vasoconstritor é proibido em extremidades, pois pode causar necrose.

**Toxicidade**
Apesar da anestesia local ser considerada uma das modalidades anestésicas mais seguras, há algumas possibilidades de complicações. Destacam-se possíveis lesões neurais por punção, que podem ser evitadas com o uso de técnicas guiadas, toxicidade do SNC, promovendo depressão, ataxia, ansiedade, convulsões, inconsciência, coma e até choque bulbar, e cardiovascular, promovendo depressão do miocárdio.

Veja as informações com detalhes no vídeo!

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Material Adicional
– Bruchim et al. J Vet Emerg Crit Care, 22:419-427, 2012.
– Kapur et al. Acta Anaesthesiol Scand, 51:101-107, 2007.
– Nobrega Neto et al. BMC Vet Res, 9:199, 2013.
– Rezende et al. AJVR, 72:446-451, 2011.

Créditos adicionais
Introdução – Rodrigo Leitão www.youtube.com/watch?v=tWcpDrKOVMQ
Música Início – Baila Mi Cumbia – Jimmy Fontanez
Música Final – Level Up – Quincas Moreira
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Adriano Carregaro
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